Fratura do Tornozelo
As fraturas de tornozelo podem variar desde uma simples e pequena fratura em um dos ossos do tornozelo, o que pode não impedir de andar, até diversas fraturas, o que pode levar o tornozelo a luxar (sair fora do lugar) e pode exigir um cuidado maior e mais prolongado.
Em outras palavras, quanto maior a gravidade da fratura e mais ossos são fraturados, mais instável fica o tornozelo.
As fraturas do tornozelo afetam pessoas de todas as idades. Durante os últimos 30 a 40 anos, notou-se um aumento no número e na gravidade das fraturas de tornozelo, devido em parte a uma população ativa e mais envelhecida.

Anatomia
Três ossos formam a articulação do tornozelo:
- Tibia
- Fíbula
- Tálus
A tíbia e a fíbula têm porções específicas que compõem o tornozelo:
- Maléolo medial - parte interna da tíbia
- Maléolo posterior - parte posterior da tíbia
- Maléolo lateral - final da fíbula
Causas
Normalmente as fraturas de tornozelo ocorrem após movimentos torcionais do tornozelo e/ou do pé (entorses) ou em alguns casos, mecanismos de maior energia como traumas diretos (ex: acidentes de motocicleta/automobilísticos, etc...).
Sintomas da Fratura do Tornozelo
Os sintomas que acompanham uma fratura no tornozelo podem varias destes sintomas discretos como edema (inchaço) e dor local até sintomas mais graves como, grande deformidade local, incapacidade de apoio e caminhar e dor importante.
Os sintomas mais comuns em uma fratura do tornozelo são:
1. Dor
2. Edema
3. Hematoma local
4. Incapacidade funcional
5. Dificuldade a mobilização do tornozelo
Diagnóstico
O diagnóstico das fraturas do tornozelo se iniciam com uma boa anamnese e um exame físico adequado. Informações como o mecanismo de trauma, tempo da lesão, pontos dolorosos e/ou incapacidades já podem dar uma boa idéia ao médico à respeito do que está ocorrendo.
Exames de imagem
Após um adequado exame clínico o diagnóstico pode ser confirmado através de exames de imagem. O exame inicial a ser solicitado são as radiografias do tornozelo (frente, perfil e mortise) e do pé (frente+perfil e oblíquo). Caso existam outras queixas, radiografias dos locais em questão devem ser solicitadas.
Na grande maioria dos casos o diagnóstico completo se estabelece após anamnese, exame físico e radiografias, entretanto, em algumas situações, podemos lançar mão de tomografias computadorizadas para melhor avaliar as fraturas e planejar o tratamento (planejamento cirúrgico) ou em dúvida diagnóstica. O exame de ressonância magnética, raramente é solicitado em regime de urgência nas fraturas do tornozelo e raramente agregam algum tipo de informação que mude o tratamento inicial na urgência. Posteriormente, é um exame que avalia com precisão lesões ligamentares, lesões tendinosas, lesões de cartilagem, entre outras.

Tratamento das Fraturas do Tornozelo
Tratamento Conservador
O tratamento conservador da fratura de tornozelo é realizado em fraturas estáveis e sem desvio articular, ou em pacientes que não apresentam condições clínicas de se submeter a um procedimento cirúrgico.
Esse tratamento se dá com o uso de imobilizadores (gesso ou botas –ex:robofoot) por um período médio de 8 semanas, nos quais o paciente regularmente realiza visitas ao seu médico, mantém um controle clínico e radiográfico da fratura, seguido de um período de fisioterapia que pode variar de paciente para paciente.
Tratamento Cirúrgico
O tratamento cirúrgico é realizado para fraturas do tornozelo instáveis ou que apresentam desvios articulares. O princípio do tratamento cirúrgico é restabelecer a anatomia da articulação do tornozelo e fixas a fratura com dispositivos ( placas e/ou parafusos) de modo a manter a fratura com a anatomia correta até a consolidação óssea.
Após a cirurgia de fratura de tornozelo o paciente normalmente utiliza um imobilizador por um período médio de 6 semanas e tem a possibilidade de dar carga (caminhar) precocemente. Assim como no tratamento conservador, no tratamento cirúrgico, após um período que pode variar, o paciente normalmente necessita realizar fisioterapia.
